Restauração e Turismo são a aposta para os empresários
Depois de receber vários prémios e reconhecimentos internacionais o mundo está com os olhos em Portugal.
Com um balanço globalmente positivo em 2017, tendo como ponto mais alto a distinção de Melhor Destino Turístico do Mundo, pelos World Travel Awards, no ano 2018 verifica-se um aumento significativo de constituições de empresas dentro deste setor de actividade. Comparativamente ao período homólogo, ao contabilizarmos os primeiros cinco meses deste ano, verificou-se um aumento de 14,74%.
Esta tendência tem-se mantido ao longo dos últimos 3 anos, representando um crescimento de cerca de 18% relativamente ao ano 2015. Um dos aspetos positivos que devemos destacar deste aumento é o fato, terem sido criados 20.000 postos de trabalho. Os Distritos que registaram uma maior taxa de criação de emprego foram Lisboa, Porto e Faro em contraposição às Ilhas e Distritos do interior.
13,6% das Empresas constituídas em Portugal, no mês de Maio deste ano, pertencem ao setor do Turismo e Restauração. Foi a segunda área de negócio, com maior aposta por parte dos empresários, mantendo-se como zonas preferenciais os Distritos de Lisboa, Porto e Faro. O interior mantém a tendência, sendo preterido pelos novos empresários.
Apesar dos bons resultados, há que ter em mente que este é um setor de atividade dotado de alguma sazonalidade. A solução poderá estar na aposta num turismo mais anual, com alargamento da atividade turistica a outras regiões com menor procura, aproveitando, a paisagem e o riquíssimo património cultural que as regiões do interior também detém. A Secretaria de Estado do Turismo, criou um Programa de Capacitação Turística dirigido às câmaras municipais, financiado em 50% pelo Turismo de Portugal. Com este Programa de Formação – ALA +T, os municípios serão dotados de uma rede de técnicos especializados em diversas áreas do turismo, com o intuito de potenciar o turismo local e regional (em zonas com uma menor tradição turística) enquanto fator de desenvolvimento económico, de preservação ambiental, de valorização cultural e de bem-estar social. Este Programa que vai ser ministrado pelas Escolas de Turismo e Hotelaria de cada uma das NUT II (Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve) e também nas regiões autónomas, entre Setembro e Dezembro. Em causa estão temas como a capacitação dos destinos, estruturação de produtos turísticos, captação de investimento turístico, dinamização de redes locais, marketing territorial e digital, inovação em turismo, mercados, produção de conteúdos, bem como instrumentos de apoio ao turismo. Esta é uma iniciativa que visa cada vez mais o turismo a todo o território nacional, um dos objetivos da Estratégia Turismo 2027.
Existem algumas opções de financiamento para novos e pequenos negócios na área turística, aos quais os empreendedores podem recorrer: • Business Angels – investidores privados que, perante projetos que consideram ter viabilidade, investem o seu capital próprio em troca de contrapartidas que lhes assegurem o retorno (ex. um percentual da empresa ou royalties)
• Alguns apoios Estatais: o Programa Portugal 2020 o Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, instrumento de financiamento, fruto de um protocolo conjunto de instituições financeiras e o Turismo de Portugal , que visa específicamente apoiar a área do Turismo, através do financiamento a médio e longo prazo de projetos de investimento que se traduzam, sobretudo, na criação de empreendimentos turísticos Inovadores, na requalificação de empreendimentos turísticos, assim como no desenvolvimento de projetos na área da animação turística e da restauração. Qualquer empresa turística, seja de que dimensão for, pode candidatar-se a este programa.
Qualquer empresa no seu início de actividade tem necessidade de escolher os seus fornecedores e parceiros de negócio, pelo que para estar prevenida quanto a eventuais situações que afetarão o desempenho do seu negócio, devem obter toda a informação empresarial acerca das entidades com que se relaciona.