No primeiro mês deste ano, 10 empresas por dia colocaram processos de Insolvência em Portugal
No primeiro mês de 2020, as insolvências aumentaram 17,74% face ao período homólogo, com um total de 219 processos de insolvência, invertendo, desta forma, a tendência de decréscimo que se verificava nos últimos anos.
Fonte: Observatório Infotrust
Ao dividirmos o território Nacional em Norte, Centro, Sul e Ilhas, podemos concluir que, no âmbito nacional, não obstante ser o Centro do país a conter a maior concentração de empresas ativas, é o Norte a zona com o maior número de processos (Porto com 48 processos, Braga com 27 e Aveiro com 24, são os Distritos mais representativos).
Fonte: GO2SELL Observatório Infotrust
Comparativamente com o mês anterior, o setor da Educação, as Financeiras e Seguros e o Comércio a Retalho foram os únicos setores que não registaram subidas da taxa de insolvências, com reduções de 33,3%, 25% e 8,82% respetivamente. Os Serviços mantiveram o número de processos colocados.
Ainda comparando com o mês anterior, os sectores que representam os maiores aumentos são o Comércio por Grosso (+94,12%), a Imobiliária (+80%) e os Transportes e Logística (+66,67%).
Numa análise no período de 2017 a 2020, podemos concluir que os sectores que tiveram uma maior variação, no que respeita às Insolvências, são o do Comércio por Grosso, dos Serviços e da Construção.
Por cada empresa que nasceu, quatro colocaram processos de Insolvência
As constituições de empresas também apresentam um decréscimo (-20,98%) comparativamente com o período homólogo. No primeiro mês do ano foram criadas 5333 empresas versus 6749, no mesmo período do ano anterior.
Este recuo é transversal a todos os Distritos, sendo que a menor iniciativa empresarial tenha ocorrido em Évora (-45,26%), seguido de Leiria (-42,03%) e Viana do Castelo (-31,09%)
No mesmo período em análise, os setores que contaram com a menor aposta dos empresários foram as Indústrias Extrativas (-83,3%), Saúde e Apoio Social (-45,7%), as Indústrias Transformadoras (-33,8%) e o Comércio por Grosso (-33,8%).
Estes sinais poderão ser um alerta, pelo que é importante os empresários estarem preparados para um desaceleramento da economia, munindo-se de ferramentas de controlo de risco e apoio à tomada de decisão, de modo a que minimizar grande parte dos riscos que correm na atribuição de crédito.
Fevereiro 2020